Subir o rio Tejo de Lisboa até ao coração do Ribatejo foi uma experiência inesquecível. Embarcámos ao início da tarde nas agitadas docas de Santos, onde uma variedade de sons de fundo se combinava até à tão ansiada saída do BlackThunder. Outros sons e odores se alinhavam no cenário único que é a vista sobre a cidade de Lisboa. A um ritmo energicamente discreto ainda acenávamos ao Padrão dos Descobrimentos a ouvir o tráfego da ponte 25 de Abril, já se vislumbra o Terreiro do Paço mas também não demoraria muito a sentir o contraste geracional no contacto visual com a arquitetura do parque das nações. A passagem da ponte Vasco da Gama e o ambiente de estuário fazem antever o que vem a seguir, lugar à natureza, vida selvagem, ilhas, canais de água e também sempre presentes os sinais da história de um povo marinheiro. No desembarque, acolhidos na verde tranquilidade da lezíria ribatejana, num inspirar profundo, depressa se percebe o desejo de repetir.
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Nuno Alcântara